23 de outubro de 2013

Jovem russo passará inverno vivendo como na Idade Média

Pavel Sapojnikov, um russo de 24 anos, viverá uma dura experiência nos arredores de Moscou pelos próximos seis meses. Num experimento criado por reconstrutores históricos, ele suportará o inverno russo nas mesmas condições enfrentadas na Idade Média.

O intuito é observar como reage a psique de alguém que se propõe a ser eremita voluntário. Para isso, Sapojnikov viverá metade de um ano sem conexão com a Internet, sem telefone fixo ou celular, sem energia elétrica e sem roupas modernas, sem fita adesiva ou mesmo uma simples caixa de fósforos.

Em vez disso, ele terá uma pederneira e barrinha de ferro para fazer fogo, fivela-botão, um pente, pedras de afiar, tesouras de mola, um pedaço de cera para passar nos fios (eles assim furam melhor as peles) e "a ferramenta mais importante: um machado". Ele porta todos os apetrechos, exceto o machado, no cinturão de couro, carregado em volta da cintura.

Recriada a partir de escavações arqueológicas, a casa medieval fica a apenas 45 quilômetros de Moscou, perto da movimentada rodovia de Iaroslavski. No pátio há cabras e galinhas e um gigante ruivo que tenta fazer fogo. Ele viverá sozinho por seis meses, numa casa sem aquecimento e vai se alimentar com a dieta de mil anos atrás.

A casa tem apenas três cômodos: o do meio é um quarto de habitação com uma pequena lareira. Não há camas, apenas um tronco coberto com peles. No teto está pendurado peixe seco e cogumelos, em um canto há uma tina de madeira com arando e toucinho.

De acordo com os arqueólogos, é no cômodo mais quente que o peixe tem que secar. No celeiro, apenas os cereais conhecidos dos europeus do século IX. Ou seja: sem milho, batatas e tomates, trazidos da América após o século XV. Sapojnikov terá comida e animais para os primeiros tempos. Depois, ele terá que caçar lebres e raposas nas florestas ao redor usando armadilhas.

Um dia por mês ele terá direito a receber a visita dos familiares. Fora isso, a família só acompanhará o cotidiano de Sapojnikov pelas mensagens de um cronista da equipe de historiadores. Ele será protagonista de um filme dedicado a esse experimento. Para fazer essa reconstrução, foram gastos cerca de dois milhões de rublos – equivalentes a R$ 140 mil.

Fonte.

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